
Com pufes e tapetes espalhados pelo chão, o espaço é um local de acolhimento para que adultos e crianças possam fruir o tempo e conhecer um pouco mais sobre as culturas dos povos originários.
Aberto até 9 de abril, quando se encerra a exposição, o espaço foi concebido pelo IMS em parceria com a Associação Vaga Lume, organização da sociedade civil dedicada à implantação e manutenção de bibliotecas em comunidades tradicionais da Amazônia Legal, entre elas territórios indígenas e quilombolas, ribeirinhos e de beira de estrada.
Entre as publicações apresentadas, estão livros de autoria de Daniel Munduruku, Cristino Wapichana, Julie Dorrico e Eliana Potiguara, entre outros. Já os filmes em curta-metragem exibidos incluem títulos como Mãtãnãg, a Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, O Verbo se Fez Carne, de Ziel Karapotó e A História da Cutia e do Macaco, de Wisio Kawaiwete e do Coletivo das Cineastas Xinguanas. Os curtas contam com recursos de acessibilidade, como Libras, legendas em português e audiodescrição.

Segundo a Área de Educação do IMS, a motivação do projeto decorre “da constatação de que devemos como sociedade refletir cada vez mais sobre a história e a realidade atual dos povos originários do Brasil”. A coordenadoria de Diversidade e Inclusão do IMS também complementa: “Ter a possibilidade de vivenciar um pouco da cosmovisão indígena é uma oportunidade para nos fortalecermos em nossas conexões de alteridade, fundamental para o reconhecimento do outro em sua inteireza, dignidade e humanidade”.
Sobre a parceria, a Associação Vaga Lume afirma: "Estamos no chão das bibliotecas comunitárias da Amazônia há mais de 20 anos e podemos perceber o impacto da leitura na vida de crianças a mais velhos, acessar a literatura de autoria indígena é ampliar leitura de mundo e conhecer o que há de mais rico da cultura originária e contemporânea."
O espaço conta com mediadores disponíveis para conversar com o público e incentivar a fruição, leitura e interação.