
“A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, apesar da queda de novembro, teve uma trajetória muito positiva ao longo do ano. Em janeiro de 2022, ela estava 65,8% abaixo do patamar pré-pandemia e, em setembro, estava 33,1% abaixo. É uma atividade que teve quedas fortes, mas veio se recuperando até setembro, quando os resultados negativos apresentaram um rebatimento dessa trajetória de crescimento”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em nota.
De acordo com o pesquisador, a Black Friday, que ocorre anualmente no fim de novembro, não resultou em números muito positivos para o comércio varejista em 2022. Uma atividade que costuma ficar mais aquecida no período é a de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que também recuou após dois meses de crescimento expressivo.
“Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo”, explica Cristiano.
Vendas avançam 1,5% na comparação com novembro de 2021
Frente a novembro de 2021, as vendas do varejo cresceram 1,5%. Esse é o quarto resultado positivo consecutivo desse indicador. Em novembro, cinco das oito atividades pesquisadas avançaram, incluindo Livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%).
A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Os resultados completos podem ser consultados no Sidra, sistema do IBGE.