O que é ser, e se parecer negro, no Brasil
PublishNews, Redação, 21/11/2022
Livro de Beatriz Nascimento publicado pela Ubu tece reflexões sobre a experiência íntima das pessoas negras na universidade e na cena cultural brasileira

Em O negro visto por ele mesmo (Ubu, 256 pp, R$ 69,90), uma coletânea organizada pelo professor da Universidade Federal de Goiás Alex Ratts, o leitor encontrará textos críticos, entrevistas e a prosa poética de Beatriz Nascimento – intelectual e ativista negra que marcou o universo artístico-cultural da diáspora africana e a história do movimento negro no cenário nacional. Neles, Beatriz tece sérias reflexões que oferecem uma imagem prismática não só da experiência íntima das pessoas negras na universidade e na cena cultural brasileira como também das representações midiáticas e historiográficas que lhes são devolvidas dia após dia por uma sociedade racista e em negação quanto ao próprio racismo. Como existir em um contexto em que a própria existência – passada, presente e futura – é cotidianamente negada? Em que consiste o esforço para estabelecer a própria imagem, reivindicar o próprio imaginário? São essas algumas das perguntas implícitas em O negro visto por ele mesmo, registro precioso sobre o que é ser negro, e se perceber negro, no Brasil. Esta edição, que inclui vários textos inéditos, também conta com prefácio de Alex Ratts, posfácio de Muniz Sodré, orelha de Renata Martins, texto de Bethania Nascimento Freitas Gomes e imagem da capa de Abdias Nascimento.

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[21/11/2022 07:00:00]