Bienal do Livro Bahia 2022 supera expectativas
PublishNews, Redação, 17/11/2022
Foram mais de 90 mil visitantes em seis dias de evento, contando com mais de 150 marcas e faturamento acima do previsto no Centro de Convenções Salvador

As editoras que estiveram presentes na Bienal do Livro Bahia não poderiam estar mais felizes. Com a volta do evento, após um intervalo de nove anos sem acontecer, o sucesso foi claro: mais de 90 mil visitantes encheram os corredores do Centro de Convenções Salvador e lotaram suas sacolas de livros, batendo o recorde de público em um único dia no sábado (12). Antes mesmo do evento acabar, no penúltimo dia, a meta de R$ 400 mil em faturamento já havia sido alcançada.

Essa conquista trouxe um significado importantíssimo para o mercado editorial brasileiro. Com a superação das expectativas, a Bienal do Livro da Bahia, que ocorreu entre os dias 10 e 15 de novembro, se coloca na página principal, com outros grandes eventos literários do País, e um dos maiores do Nordeste. A sua próxima edição, que ocorre daqui dois anos, em 2024, já promete novas conquistas e muitos leitores.

O novo formato relançado da Bienal chamou à atenção e cumpriu o que prometeu. Além de conectar a literatura com outros meios, como a internet, filmes, séries e jogos, a ação da Bienal nas Escolas levou os livros até os estudantes. Em eventos separados nas escolas públicas municipais de Salvador, aconteceram bate-papos, oficinas, leituras, dinâmicas literárias e outras atividades. Nomes como Thalita Rebouças e a ilustradora Ilustralu realizaram essas atividades na escola Adroaldo Ribeiro Costa (no bairro do Resgate) e na escola Ministro Carlos Santana (no bairro da Fazenda Grande).

Entre os livros mais vendidos no evento estão opções para diversos gostos. Desde Colleen Hoover, fenômeno da literatura young adult, até o baiano Itamar Vieira Júnior, com sua premiada obra Torto arado. Cláudia Machado, responsável pelo estande do Boulevard Literário, relatou que além do retorno financeiro satisfatório, a Bienal do Livro Bahia serviu também para conhecer melhor o perfil dos leitores do estado. “Sentimos que há uma diferença grande no perfil do leitor baiano em relação aos do Rio e São Paulo. Lá o foco é muito forte na literatura infantojuvenil. Já aqui sentimos que há também um interesse grande pelos clássicos”, disse.

Outro estande bastante visitado foi da Ciranda Cultural, onde os expositores elogiaram a organização da Bienal do Livro Bahia e emplacaram dois livros na liderança do ranking de mais vendidos: 1984, de George Orwell, e O diário de Anne Frank. Já no estande da livraria LDM, antes do término do evento, o volume de vendas já havia superado 20% das expectativas.

Mas não só editoras mais famosas ocuparam os estandes em Salvador. As editoras menores e de literatura crítica, como a Malê, Mostarda, algumas editoras baianas e, principalmente, autores independentes também foram grande sucesso na Bienal. A temática de inclusão e foco na literatura que desenha a situação das minorias indica a demanda do mercado editorial por histórias que retratam e criticam a sociedade atual.

Foram mais de 70 horas de conteúdo produzido durante o evento, com uma proposta de pluralidade, pelos mais de 100 autores e personalidades convidados. Salvador se mostrou uma cidade de leitores, com potencial para crescer ainda mais nos próximos anos. O evento não teve apenas um número expressivo de participantes, mas também demostrou que a diversidade de produtos e atrações geram sucesso entre o público.

[17/11/2022 10:00:00]