Nesta terça-feira (25), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou a primeira lista com os dez finalistas de cada uma das 20 categorias do Prêmio Jabuti. A 64ª edição do prêmio bateu recorde de inscrições, com 4.290 livros inscritos, superando em 25% o volume registrado na edição passada, em 2021, que foi de 3.422.
“Ano passado, falei do orgulho de manter a tradição de um evento tão importante para a nossa cultura e o nosso segmento, mesmo com todas as dificuldades colocadas pela pandemia. Este ano, o prêmio teve recorde de inscritos, volta ao presencial, celebra a Semana de 22 e realiza a cerimônia no Theatro Municipal, que já enche os olhos com tanta beleza e história. É uma edição que fazemos com uma alegria especial”, comemora Vitor Tavares, presidente da CBL.
No Eixo Literatura, na categoria Romance Literário, foram selecionadas seis obras publicadas pela Companhia das Letras: A extinção das abelhas, de Natalia Borges Polesso; A palavra que resta, de Stênio Gardel; A pediatra, de Andréa Del Fuego; O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk; Pequena coreografia do adeus, de Aline Bei; e Uma tristeza infinita, de Antônio Xerxenesky. Completam a lista: É sempre a hora da nossa morte amém (Nós), de Mariana Salomão Carrara; Vista chinesa (Todavia), de Tatiana Salem Levy; Vozes de batalha (Planeta), de Marina Colasanti; e Vozes de retratos íntimos (Taverna), de Taiasmin Ohnmacht.
Em Romance de Entretenimento, há uma obra independente na disputa, O leão do Oeste - Livro 2: A ascensão do amaldiçoado, de André Carvalho; que disputa com livros como O céu entre mundos, de Sandra Menezes e Quem me leva para passear, de Elisa Lucinda – ambos publicados pela Malê; Se a casa 8 falasse (Globo Alt), de Vitor Martins e O último ancestral (HarperCollins), de Ale Santos.
No Eixo Não Ficção, na categoria Biografia e Reportagem, mais nomes conhecidos aparecem na primeira lista do prêmio: Eliane Brum, com Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo (Companhia das Letras); Laurentino Gomes com Escravidão - Volume II; Fernando Morais, com Lula: Biografia - Volume I (Companhia das Letras); Luiz Schwarcz com O ar que me falta (Companhia das Letras / Penguin) e Fernando Henrique Cardoso, com Um intelectual na política: Memórias (Companhia das Letras).
Já na categoria Capa, que pertence ao Eixo Produção editorial, duas edições do 1984, de George Orwell, estão na disputa, uma publicada pela Antofágica e produzida por Giovanna Cianelli e Pedro Inoue e a outra publicada pela Buzz, com produção da Quadratim Artes Gráficas e Wiser Educação. Mais uma vez, a obra O último ancestral (HarperCollins) aparece na lista. A capa da obra de Ale Santos foi feita por Douglas Lopes e Rafael Albuquerque.
Por fim, no Eixo Inovação, na categoria Fomento à Leitura, foram selecionados projetos como a Ciranda do Saber, de Meire Nascimento; Sempre um papo, de Afonso Borges; Jornada Latines, de Eliana de Freitas; e Vaga Lume: como livros mudam a vida de crianças e adultos na Amazônia, de Sylvia Guimarães.
Outros dados: Sete obras independentes aparecem nesta primeira seleção. A Companhia das Letras tem 29 obras finalistas - tirando os selos, enquanto Todavia tem sete, Malê (4), Fósforo (4), Editora 34 (3), Record (2), Verus (2), Cepe (2), Peirópolis (2), Nós (2), Jandaíra (2), Globo (2) e Relicário (2).
A lista completa dos 10 finalistas de cada categoria, você confere clicando aqui.
Na próxima etapa, dia 08 de novembro, serão conhecidos os cinco finalistas e, no dia 24 de novembro, serão anunciados os vencedores do Prêmio Jabuti 2022.
Além de voltar a ser um evento com a presença do público, a cerimônia contará com a grandeza do Theatro Municipal de São Paulo, onde também ocorreu a Semana de Arte Moderna de 22, que completou 100 anos. Para homenagear esse marco cultural do país, o conceito visual do Prêmio Jabuti foi inspirado na arte de rua brasileira, antropofágica por definição.
