Cocurador da Flip 2022 lança livro na Megafauna
PublishNews, Redação, 18/10/2022
Em nova obra de ensaios, o professor da Princeton University Pedro Meira Monteiro transita por temas como literatura, música, cinema, artes visuais e filosofia

Pedro Meira Monteiro, professor na Princeton University e um dos cocuradores da Flip 2022, lança, nesta terça (18), o livro Nós somos muitas: ensaios sobre crise, cultura e esperança (Relicário), com participação de Arto Lindsay (sons), Flora Thomson-Deveaux (notas e comentários sonoros), Rogério Barbosa (imagens). O evento ocorrerá na Livraria Megafauna (Av. Ipiranga, 200 - loja 53 – São Paulo / SP), às 19h, e contará com uma conversa entre o autor da obra, José Miguel Wisnik, Fernanda Bastos e Milena Britto. Além disso, haverá um show-performance de Arto Lindsay. Para quem não puder comparecer presencialmente, haverá transmissão ao vivo do lançamento pelo canal do IREE Youtube.

Da direita para a esquerda: Pedro Meira Monteiro, José Miguel Wisnik, Fernanda Bastos, Arto Lindsay e Milena Britto
Da direita para a esquerda: Pedro Meira Monteiro, José Miguel Wisnik, Fernanda Bastos, Arto Lindsay e Milena Britto
Os ensaios reunidos no livro foram escritos ao longo de mais de uma década de pesquisa, boa parte deles concebida quando ainda havia a promessa de uma sociedade menos desigual. O autor conduz os leitores por temas como a literatura, a música, o cinema, as artes visuais e a filosofia, pautado pelo desejo coletivo já expresso no título da obra. A edição de Nós somos muitas é um projeto multiplataforma da editora Relicário, que inclui QR Codes para áudios de Arto Lindsay, notas e comentários de Flora Thomson-Deveaux e obras visuais de Rogério Barbosa.

“A política, mais que nunca, é pulsão. Mas é justamente aí, diante dos desejos mais recônditos e diante da memória coletiva, que a cultura tem muito a dizer”, explica o autor. Como vozes que reverberam, o pulso, em onda, atravessa o tempo e o espaço, o livro, que é de muitos, mescla sons e imagens, em paisagens sonoras e sociológicas diversas. “São cenas vividas em Portugal e que trouxeram à memória o passado da ditadura, cujos estertores no Brasil minha geração viveu e vê agora retornarem, como se uma criatura moribunda entrasse de novo no palco fazendo de conta que nada se passou. Mas o texto é também uma pergunta, como se verá, sobre os limites da festa inclusiva em que todas as diferenças são possíveis: os limites nem sempre confessáveis da utopia, digamos assim”, analisa Pedro.

Idealizado em parceria com a organização independente IREE - Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresao, o encontro faz parte da programação do instituto em torno do bicentenário da Independência do Brasil e do centenário da Semana de Arte Moderna.

[18/10/2022 09:00:00]