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Pesquisa aponta que 51,7% dos gaúchos se consideram leitores
PublishNews, Talita Facchini, 27/09/20022
Dado faz parte da pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO) com o objetivo de mapear o hábito de leitura do estado do Rio Grande do Sul

Livraria Taverna | © Instagram Taverna
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O Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), em parceria com a Câmara do Livro de Porto Alegre, realizou um estudo para mapear os hábitos de leitura no estado do Rio Grande do Sul.

A pesquisa foi realizada em maio deste ano, com mil entrevistados, abrangendo 52 municípios do estado, e com pessoas com idade a partir dos 16 anos.

Segundo o estudo, 51,7% dos gaúchos entrevistados disseram ter o hábito da leitura, na forma impressa ou digital. No Brasil, segundo dados da 5ª edição da Retratos da Leitura, esse número chega a 52%. A diferença aparece na região da Fronteira, em cidades como Uruguaiana, São Borja e Santana do Livramento, onde a população demonstra um maior apreço pelo hábito da leitura. A média geral nessa região é de 65,2% de leitores.

Sobre o perfil do leitor gaúcho, entre as mulheres, 53,4% se dizem leitoras, contra 49,9% entre os homens. Em relação a faixa etária, pessoas entre 16 e 24 anos leem mais, com 57,4% dizendo ter este hábito. Já a faixa etária de 45 a 59 anos lê menos: 49,8%.

A pesquisa mostrou também que a educação formal e a renda familiar estão intimamente associadas ao hábito da leitura. Quanto menor a escolaridade e renda, menor o envolvimento com o mundo da leitura. A média de leitura de quem tem ensino fundamental é de 37%, de quem tem ensino médio é de 52,8%, e dos que têm ensino superior é de 74,3%. O mesmo é visto quando analisada a relação da leitura e a renda familiar: dentre os que têm renda familiar de um a dois salários-mínimos, 45,9% dizem ter o hábito da leitura. Já em famílias com renda acima de seis salários- mínimos, o índice de leitura sobe para 72,2%.

O estudo a IPO reportou ainda que os 51,7% dos gaúchos leitores leem uma média de 7,6 livros por ano. Quando se coloca a lupa para entender o número de livros lidos ao ano, percebe-se que a maior frequência absoluta é de 2 livros ao ano (32,1%) e a mediana é de 3 a 4 livros ao ano (22,8%). Comparando com a 5ª pesquisa Retratos da Leitura, o Estado do Rio Grande do Sul tem um percentual de leitores similar ao do Brasil. Porém, se destaca pela média de livros lidos ao ano.

Analisando por perfil socioeconômico, dos 51,7% que leem livros, 11,2% têm de 16 a 24 anos. As mulheres leem uma média de 7,8 livros por ano, enquanto os homens, 7,4. Em relação a escolaridade, quem tem ensino básico (fundamental e médio), lê uma média de 6,6 livros, enquanto entre os que têm ensino superior essa média sobe para 9,6. Por fim, em famílias com renda familiar de um a dois salários-mínimos, a média é de 7,1 livros, enquanto em famílias com renda acima de seis salários-mínimos, esse índice sobe para 8,2.

A pesquisa destaca também que quanto menor a renda familiar, maior a relação com livros de religião ou espiritualidade e os de autoajuda. Segundo o estudo, o isolamento social da pandemia motivou a leitura entre as pessoas com renda de 1 a 2 salários-mínimos, que tinham acesso reduzido à internet e estavam saturadas com a programação da televisão aberta.

Conforme aumenta a renda, amplia-se o interesse por livros técnicos. As pessoas pertencentes a famílias com 3 a 5 salários-mínimos sonham com a mobilidade social, buscam na literatura a possibilidade de adquirir mais conhecimento e cultura. As famílias com renda acima de 6 salários-mínimos mostram mais apreço por uma literatura eclética, acompanhando os lançamentos Suas escolhas inspiram momentos de entretenimento e lazer ou estão associadas à atualização profissional.

[27/09/2022 09:00:00]
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