Estes são os finalistas, seus autores e a editora original da obra:
Beta Ray Bill, de Daniel Warren Johnson (Marvel)
Monsters, de Barry Windsor-Smith (Fantagraphics Books)
Raptor: a Sokol Graphic Novel, de Dave McKean (Dark Horse)
Step by bloody step, de Simon Spurrier e Matias Bergara (Image)
The many deaths of Laila Star, de Ram V e Filipe Andrade (Boom Studios!)
Apesar de ser uma lista com nomes consagrados da indústria de quadrinhos, poucas vezes o prêmio teve um favorito tão fácil de apontar.
Monsters, de Barry Windsor-Smith, simplesmente venceu o prêmio Eisner em três categorias diferentes. Neste que é considerado o Oscar das HQs, levou o troféu nas categorias Melhor Álbum Gráfico Inédito, Melhor Roteirista ou Artista e Melhor Letrista.
Na obra, para muitos uma releitura personalíssima de Frankenstein, Windsor-Smith cria um experimento nazista desenvolvido em solo americano. Ele pega uma ideia requentada, que é a criação de um super-soldado em laboratório, com evidentes ecos de Capitão América, em uma história inv4ntiva que passa pela Segunda Guerra Mundial e pela Guerra do Vietnã. O resultado é um monstro disforme, extremamente forte e desorientado. Parece o Hulk, sim, e a verdade é que o autor criou Monstros a partir de um roteiro pensado para o gigante verde, que não conseguiu desenvolver satisfatoriamente quando trabalhava para a Marvel.
Monstros é relevante para qualquer fã de quadrinhos. Não é tarefa fácil listar outras coisas tão boas entre as produções de HQ lançadas durante os mais de 30 anos nos quais Windsor-Smith passou debruçado sobre esse trabalho.
Em tempo: Bill Raio Beta, outro finalista, já teve publicação no Brasil. É uma aventura do alienígena com cara de cavalo que teve posse do martelo de Thor em sagas da Marvel. Saiu em abril, numa edição de capa dura da Panini.