Mangá não é coisa só de agora
PublishNews, Redação, 19/08/2022
'Mil anos de mangá', da nipo-francesa Brigitte Koyama-Richard, percorre séculos de arte japonesa até chegar ao cenário de hoje em dia

Nos últimos anos, o mangá tem feito um sucesso fenomenal não só no Japão, onde domina o mercado editorial, mas também no Ocidente. Por mais contemporânea que essa forma de arte gráfica possa parecer, o mangá está, na verdade, profundamente enraizado na cultura japonesa, baseando-se muitas vezes em suas tradições artísticas centenárias. Mil anos de mangá (Estação Liberdade, 272 pp, R$ 149 – Trad.: Nícia Adan Bonatti), como o próprio nome diz, conta a história do mangá, ou das histórias em quadrinhos, em seu esplendor e diversidade. Do inspirador mangá Hokusai até a aparição dos Gekiga, os mangás realistas dos anos 1950; do marco que foi Astro Boy, de Tezuka Osamu, à Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, um mangá shojo para garotas jovens; das lendas de samurais até as edições mais alternativas da revista Garo; e dos demônios que povoam a obra de Mizuki Shigeru até as últimas criações de Taniguchi Jiro, cada período aqui percorrido pela autora Brigitte Koyama-Richard é recheado de detalhes e ilustrado com desenhos e gravuras. Além da edição brasileira, Mil anos de mangá já foi traduzido para mais cinco idiomas, reforçando ainda mais sua importância.

[19/08/2022 07:00:00]