Na entrevista, ela relata a experiência que deu origem a seu primeiro livro, O peso do pássaro morto, lançado em 2017. “Ali ficou uma memória de infância, uma dor, como qualquer outra coisa que a gente fere, ou nos machuca. Um pouco como é a infância, esse grande acontecimento de corpo com pouca linguagem para dar conta disso. Então depois a gente cresce para olhar para essa infância” afirma Aline. “Escrever é voltar para a infância.”
O peso do pássaro morto ganhou em 2018 o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria Melhor Romance Escrito por Autor com Menos de 40 anos.
Instigada por Tas, ela fala de amor (“Eu acho que o amor é o único modo para mim de estar viva, não há outro pacto possível que não seja com afeto. E o amor está no lugar do trabalho, das amizades, do romance, do mundo entorno”) e de sofrimento (“Acho que é impossível a gente não pensar nessa dor que nos atravessa, porque viver é perder, no sentido do próprio tempo que a gente vai perdendo e das coisas que a gente tem que deixar para trás, se despedir”).