A importância do modernismo pernambucano e seus protagonistas
PublishNews, Redação, 15/07/2022
Livro publicado pela Cepe Editora contesta a hegemonia de São Paulo como único disseminador no Brasil das ideias modernistas

No ano que marca o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o jornalista Bruno Albertim lança o livro Pernambuco Modernista (Cepe, 262 pp, R$ 100). A obra traz prefácio do curador Marcus Lontra, além de ilustrações e perfis dos protagonistas do movimento, tanto do início - Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres, Vicente do Rêgo Monteiro -, quanto de meados do século XX - José Cláudio, Francisco Brennand, Tereza Costa Rêgo, Gilvan Samico, João Câmara, Raul Córdula, Montez Magno, Reynaldo Fonseca e Guita Charifker. O projeto partiu da necessidade de contestar a hegemonia de São Paulo como único disseminador no Brasil das ideias modernistas. Se por um lado a centralização do Modernismo em São Paulo é uma visão problemática, por outro pode-se dizer que o movimento foi bem-sucedido na principal de suas propostas: a construção de um conceito hegemônico de identidade nacional. A obra também revela que Pernambuco teve e tem um dos modernismos mais contundentes, com características, padrões de cor, ética e temáticas próprias. “Há uma preocupação com a identidade regional, com a insolação tropical, com essa cultura popular que começa a ser digerida por esses artistas de classe média e de elite em favor da construção de um discurso regionalista”, revela o autor, Bruno Albertim.

[15/07/2022 07:00:00]