Criada para ajudar as pessoas a se sentirem seguras em suas zonas de conforto caseiras, uma guarita de vigilância agora assumiu o papel de abrir novos caminhos para quem busca coisas diferentes no seu dia a dia. Trata-se da Guariteca, uma cabine que estava sem uso na Rua Areado, no Jardim Robru, zona leste de São Paulo.

O pequeno ambiente foi transformado em biblioteca comunitária. A iniciativa de democratizar as condições de leitura veio do Marista Escola Social Robru, que atende cerca de 250 crianças de zero a cinco anos em situação de vulnerabilidade social na região. Segundo Gladys Serra, diretora da escola, "a Guariteca surge da proposta de ser um ambiente cultural à disposição da comunidade. A escola, que já possuía livros de literatura infantojuvenil e adulta, transformou esse espaço sem uso em algo com benefícios para todo o entorno”.

Na Guariteca, os leitores podem encontrar volumes de poesia, história, literatura infantojuvenil e praticamente todos os gêneros destinados a adolescentes e adultos. Na apresentação do projeto da Guariteca, tem destaque a pesquisa "Viver em São Paulo: Cultura", realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope. O levantamento aponta que 24% dos moradores do bairros da zona leste da capital consideram a proximidade de casa como o principal fator para incentivar a frequência em atividades culturais.

Projeto piloto, nesse primeiro momento a Guariteca está aberta a alunos e seus familiares, mas a proposta é abrir em breve para toda a comunidade. O horário de atendimento é de segunda à sexta, das 7h às 17h. Por enquanto não está estabelecido um prazo máximo para a devolução dos livros emprestados.

A rede Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7.700 crianças e adolescentes em 19 escolas sociais, localizadas em cidades de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O trabalho da entidade pode ser conferido em seu site oficial.