O Estadão também traz uma entrevista com o autor chileno Ariel Dorfman [foto], autor de A morte e a donzela (Carambaia). No romance, uma mulher que esteve presa durante a ditadura no Chile reencontra anos depois o homem que a torturou na prisão e parte para a vingança. O escritor fala sobre os efeitos dos regimes ditatoriais e conta suas expectativas para o governo de Gabriel Boric em seu país.
A Folha dá com destaque análise de como ciência e literatura podem caminhar de mãos dadas. Os livros que sustentam a discussão são Quando deixamos de entender o mundo (Todavia), do chileno Benjamín Labatut, e As vinte mil léguas de Charles Darwin (Fósforo e Sesc Edições), de Leda Cartum e Sofia Nestrovski. No primeiro, Labatut cria narrativas híbridas de ensaios e contos protagonizadas por cientistas aclamados como homens que expandiram o conhecimento humano. No segundo, a meta das autoras é ler os escritos de Darwin como literatura.
A coluna Painel das Letras, da Folha, informa que a editora Nacional está resgatando a coleção Biblioteca das moças, uma das mais tradicionais de seu catálogo e responsável por movimentar milhões de exemplares em livrarias brasileiras durante o auge da editora, da década de 1930 à de 1960.
Também na Folha, uma resenha sobre o livro do padre Júlio Lancellotti, Amor à maneira de Deus (Planeta). Na obra, ele brinca ao criar o falso mandamento “Amai-vos uns contra os outros”, para ilustrar o tamanho da distorção operada no Brasil de hoje em relação aos ensinamentos de Jesus Cristo, evocado em pregações religiosas e políticas muito distante do original “Amai-vos uns aos outros como eu voa amei”.
No Globo, uma entrevista com a escritora americana Saidiya Hartman, autora de Vidas rebeldes, belos experimentos (Fósforo). Na obra, ela reconstitui a revolução comportamental protagonizada por jovens mulheres negras nos guetos americanos entre 1890 e 1935. “A ascensão da extrema direita tem levado movimentos progressistas a pensar novas maneiras de existir socialmente. Se não fizermos algo, assistiremos ao fim da existência humana no planeta”, diz a a escritora.
Ainda no Globo, na coluna Lauro Jardim, está a notícia de que Xuxa se prepara para lançar mais um livro, o seu terceiro voltado para o público infantil. Mimi, a vaquinha que não queria virar comida (Globo Livros) foca no veganismo e chega em maio às livrarias.
No Valor, o colunista Michel Laub fala de novos autores da literatura brasileira. Ele destaca os livros Visão noturna (Todavia), de Tobias Carvalho, Erva brava (Fósforo), de Paulliny Tort, Formigas no paraíso (Faria e Silva), de Mateus Baldi, e Os coadjuvantes (Companhia das Letras), de Clara Drummond.