Apanhadão: Nova livraria deve abrir na avenida Paulista depois da Bienal
PublishNews, Redação, 18/04/2022
Estadão revela que a Drummond vai funcionar no Conjunto Nacional, focada em lançamentos de todas as editoras; também no Estadão, entrevista com o autor chileno Ariel Dorfman; a Folha fala de livros que misturam ciência e literatura

O Estadão divulgou a notícia de uma nova livraria em São Paulo, na avenida Paulista, que já concentra um bom número delas. No Conjunto Nacional, onde funciona a loja da Cultura, estão em andamento as obras de preparação da Livraria Drummond, iniciativa de Vítor Tavares, sócio da Distribuidora Loyola e presidente da Câmara Brasileira do Livro, e Pedro Almeida e Diego Drummond, da Faro Editorial. A proposta é que ela seja uma vitrine de lançamentos de todas as editoras. Os empreendedores esperam contar com cerca de cem livros de lançamento por semana. As obras devem levar mais três meses. A previsão de inauguração é para depois da Bienal do Livro de São Paulo, marcada para o período de 2 a 10 de julho.

O Estadão também traz uma entrevista com o autor chileno Ariel Dorfman [foto], autor de A morte e a donzela (Carambaia). No romance, uma mulher que esteve presa durante a ditadura no Chile reencontra anos depois o homem que a torturou na prisão e parte para a vingança. O escritor fala sobre os efeitos dos regimes ditatoriais e conta suas expectativas para o governo de Gabriel Boric em seu país.

A Folha dá com destaque análise de como ciência e literatura podem caminhar de mãos dadas. Os livros que sustentam a discussão são Quando deixamos de entender o mundo (Todavia), do chileno Benjamín Labatut, e As vinte mil léguas de Charles Darwin (Fósforo e Sesc Edições), de Leda Cartum e Sofia Nestrovski. No primeiro, Labatut cria narrativas híbridas de ensaios e contos protagonizadas por cientistas aclamados como homens que expandiram o conhecimento humano. No segundo, a meta das autoras é ler os escritos de Darwin como literatura.

A coluna Painel das Letras, da Folha, informa que a editora Nacional está resgatando a coleção Biblioteca das moças, uma das mais tradicionais de seu catálogo e responsável por movimentar milhões de exemplares em livrarias brasileiras durante o auge da editora, da década de 1930 à de 1960.

Também na Folha, uma resenha sobre o livro do padre Júlio Lancellotti, Amor à maneira de Deus (Planeta). Na obra, ele brinca ao criar o falso mandamento “Amai-vos uns contra os outros”, para ilustrar o tamanho da distorção operada no Brasil de hoje em relação aos ensinamentos de Jesus Cristo, evocado em pregações religiosas e políticas muito distante do original “Amai-vos uns aos outros como eu voa amei”.

No Globo, uma entrevista com a escritora americana Saidiya Hartman, autora de Vidas rebeldes, belos experimentos (Fósforo). Na obra, ela reconstitui a revolução comportamental protagonizada por jovens mulheres negras nos guetos americanos entre 1890 e 1935. “A ascensão da extrema direita tem levado movimentos progressistas a pensar novas maneiras de existir socialmente. Se não fizermos algo, assistiremos ao fim da existência humana no planeta”, diz a a escritora.

Ainda no Globo, na coluna Lauro Jardim, está a notícia de que Xuxa se prepara para lançar mais um livro, o seu terceiro voltado para o público infantil. Mimi, a vaquinha que não queria virar comida (Globo Livros) foca no veganismo e chega em maio às livrarias.

No Valor, o colunista Michel Laub fala de novos autores da literatura brasileira. Ele destaca os livros Visão noturna (Todavia), de Tobias Carvalho, Erva brava (Fósforo), de Paulliny Tort, Formigas no paraíso (Faria e Silva), de Mateus Baldi, e Os coadjuvantes (Companhia das Letras), de Clara Drummond.

[18/04/2022 10:00:00]