Uma visão budista da prática da solidão
PublishNews, Redação, 13/04/2022
Mesmo reconhecendo o isolamento e a alienação que possam ser provocados pela solidão, o monge budista Stephen Batchelor considera ficar à vontade sozinho um estilo de vida

Stephen Batchelor é um estudioso do budismo. Em 1974, com 21 anos, foi ordenado monge budista na tradição Geluk do Tibete. Autor de muitas obras sobre sua fé, com um enorme sucesso em sua bibliografia, Confissões de um ateu budista, ele lança agora Elogio à solidão: uma reflexão sobre estar sozinho em meio aos outros no mundo (Gryphus, 194 pp, R$ 54,90 – Trad.: Marilene Tombini). Recusando a análise da solidão como um estado psicológico, ele a trata como se fosse uma prática, um modo de vida. Mesmo reconhecendo o isolamento e a alienação como lados sombrios e trágicos da depressão, eles são parte do que significa ser só. Para Batchelor, o livro é uma exploração daquilo que sustentou sua própria prática da solidão, durante os últimos 40 anjos: passar temporadas em lugares remotos, apreciar obras de arte, praticar meditação, experimentar drogas e manter a mente aberta, sentindo-se à vontade quando está sozinho.

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[13/04/2022 07:00:00]