Uma viagem pelo Cineclube Estação Botafogo
PublishNews, Redação, 25/03/2022
Marcelo Mendes França, um dos sócios-fundadores do Grupo Estação, narra a história da rede que mudou a forma de os brasileiros irem ao cinema

Eu que amava tanto o cinema (Cobogó, 336 pp, R$ 65) narra o surgimento do Cineclube Estação Botafogo e sua expansão a partir das memórias, e do ponto de vista, de um de seus sócios-fundadores, Marcelo França Mendes. A história do Grupo Estação tem início no Rio de Janeiro, na efervescente década de 1980. Eram os tempos da euforia das Diretas Já, do primeiro Rock in Rio, da abertura do Circo Voador e de tantos outros acontecimentos que transformaram a cultura na cidade. Nesse ambiente em ebulição, onde se respirava cultura e diversidade, cinco amigos que se reuniam a cada sábado no Cineclube Macunaíma decidiram levar adiante sua paixão pela sétima arte: o sociólogo Adhemar Oliveira; o economista Nelson Krumholz; a jornalista recém-formada Ilda Santiago; Adriana Rattes, bailarina e estudante de ciências sociais; e Marcelo, o caçula, estudante de Cinema. Sem dinheiro, munidos apenas de vontade e curiosidade, esses jovens viveram a aventura de abrir o seu próprio cineclube. Surgido em 1985, o Coper Botafogo, que no mesmo ano virou Estação Botafogo, era um espaço despretensioso. Mas, em pouco tempo, o Estação iria se transformar em rede de cinemas, distribuidora de filmes, editora e outras tantas coisas. Em tom de crônica, permeando o texto com referências cinematográficas, Marcelo conduz o texto com fluidez e bom humor, tanto ao falar das aventuras e conquistas quanto ao relatar momentos tensos e as crises.

Tags: Cinema, Cobogó
[25/03/2022 07:00:00]