Em novo livro, Betty Milan questiona o prolongamento indefinido da vida
PublishNews, Redação, 22/03/2022
Na obra 'Heresia', a autora aborda o tema da morte assistida e reflete sobre o modo como ela é tratada na sociedade ocidental

Em Heresia (Record, 112 pp, R$ 44,90), a escritora e psicanalista Betty Milan focaliza o fim da vida e o modo como ele é tratado na sociedade ocidental. É um livro de ficção em que ela aborda temas difíceis relativos à longevidade: a indústria médica, o suicídio assistido e a eutanásia. Na obra, ela questiona ainda até que ponto é legítimo o prolongamento da vida pela ciência e de uma existência orgânica na qual a memória e a própria subjetividade já se extinguiram. Betty sustenta que morrer é um direito e quem aceita a morte vive melhor. O livro foi escrito a partir do momento em que a mãe da escritora teve aos 97 anos uma queda e uma fratura que implicou em hospitalização. Em Heresia, a protagonista questiona o prolongamento da vida em decorrência da proibição cultural, e legal, de buscar a morte assistida, enquanto fala de amor, vida e morte, rememorando o sofrimento da mãe e a trajetória da família. No dia 31 de março, Betty assume uma cadeira na Academia Paulista de Letras e no dia 5 de abril, às 19h, a obra será lançada em uma live no YouTube da Livraria da Travessa, com participação do crítico literário Manuel da Costa Pinto, que assina a orelha do livro.

[22/03/2022 07:00:00]