As lembranças que ficam
PublishNews, Redação, 07/03/2022
Em 'Cantiga de exílio', Edith Elek reconstrói sua história e a trajetória de sua família, que veio da Hungria para o Brasil para fugir da guerra

Ao reconstruir sua história e a trajetória de sua família, que veio da Hungria para o Brasil para fugir da guerra, Edith Elek apresenta em Cantiga de exílio (7 Letras, 132 pp, R$ 49,90) uma biografia que se lê quase como um romance. A mesma Budapeste das lembranças, das cartas e das histórias de seus antepassados é visitada pela autora em diferentes ocasiões da vida, é investigada nas leituras mais diversas e trazida, traduzida, para o leitor como numa ponte instantânea entre dois países tão distantes e tão díspares, as duas pátrias da menina que se tornou brasileira por um desvio do destino, mantendo vivas as raízes de sua família. “Os pais de Edith abandonaram a Europa no último navio que de lá zarpou logo antes do início da Segunda Guerra Mundial. Vieram por sua segurança, tristes, deixando sonhos e projetos de vida para trás. Não conseguiram encontrar um lugar para si no Brasil, continuaram vivendo com uma enorme saudade de sua pátria. Mas salvaram-se da morte quase certa e criaram descendentes. A julgar pelo texto límpido e pela narrativa deliciosa de Edith, os sonhos de deixar uma marca pessoal de sua passagem por terras brasileiras foram plenamente realizados”, avalia Gabriel Waldman na obra.

Tags: 7 Letras
[07/03/2022 07:00:00]