O clássico moderno de Fred Hoyle
PublishNews, Redação, 1º/02/2022
Publicado em 1957, 'A nuvem negra' é um misto de 'hard sci fi' com distopia que narra a história de uma nuvem girante que se aproxima da Terra

O ano é 1964. Cientistas do Observatório Palomar, na Califórnia, fazem o trabalho de rotina quando são surpreendidos por uma descoberta notável e preocupante. Uma gigantesca nuvem negra, quase perfeitamente circular, está obliterando a luz das estrelas. Praticamente ao mesmo tempo, uma reunião da tradicional Royal Astronomical Society, em Londres, é interrompida. Observações amadoras apontam que os planetas mais externos do nosso Sistema Solar sofreram um leve desvio de órbita. Logo, os grupos de cientistas passam a trabalhar juntos, confirmando a existência da Nuvem a caminho da Terra. Eles têm pouco tempo para salvar a humanidade. O objeto tem escala planetária, portanto não há o que fazer para impedir sua aproximação, e, se ele obliterar a luz do sol, aniquilará a vida no planeta. Em um misto de hard sci fi com distopia, A nuvem negra (Todavia, 272 pp, R$ 76,90 – Trad.: Érico Assis), publicado em 1957, consegue falar de cálculos complexos, da rotina do trabalho científico e das terríveis consequências para a humanidade ao ignorar os avisos da ciência. Assim como não se esquivou de polêmicas em sua vida, Fred Hoyle não hesita em tratar dos aspectos mais devastadores do evento que se avizinha, sem deixar de pensar nos tomadores de decisão, nos cientistas, na opinião pública e nas pessoas que serão diretamente impactadas.

Tags: ficção, Todavia
[01/02/2022 07:00:00]