As vanguardas russas vistas de dentro
PublishNews, Redação, 10/11/2021
Publicado pela Carambaia, livro apresenta um relato vivo e contundente de um dos períodos mais efervescentes da arte moderna russa através das memórias do poeta cubofuturista Benedikt Lívchits, que conviveu com nomes como Maiakóvski e Khlébnikov

Entre o final do século XIX e o começo do século XX, a Rússia foi palco de experimentos e realizações de vanguarda em todos os campos da arte, numa efervescência que estabeleceu princípios e diretrizes de longa duração, inspirando, por exemplo, a poesia concreta brasileira. O arqueiro de olho-e-meio (Carambaia, 336 pp, R$ 109,90 – Trad.: Bruno Barreto Gomide) (1933), traduzido pela primeira vez no Brasil, é um retrato dessa cena artística, narrado por Benedikt Lívchits (1886-1939) como uma reportagem da qual o autor é personagem ativo. Poeta, tal qual seus amigos Vladímir Maiakóvski e Velímir Khlébnikov, Lívchits não sobreviveu à moenda da história por sua obra em versos, mas por esse livro, que ganhou com o tempo o status de referência quando se trata de entender quais eram e o que pregavam os diversos grupos vanguardistas nas duas primeiras décadas do século XX. O livro tem encadernação em capa dura texturizada e acompanha marcador. A edição traz 23 reproduções de obras de arte em impressão colorida, além de fotografias.

[10/11/2021 07:00:00]