Apanhadão: Possibilidade de extinção de parte do acervo da Biblioteca Monteiro Lobato gera discussões
PublishNews, Redação, 09/08/2021
E mais: livrarias do Rio se unem para recolher doações de obras novas e doá-las a bibliotecas de comunidades; Fernanda Montenegro confirma candidatura à ABL; o prelo das editoras

A coluna Painel das Letras deu destaque para o debate que envolve a Biblioteca Monteiro Lobato, sede de um arquivo que documenta a produção infantojuvenil brasileira, com livros e revistas raros e que reúne a história das bibliotecas infantojuvenis da cidade de São Paulo. Na semana passada, surgiram nas redes sociais manifestos contra o fechamento desse setor, chamado Seção de Bibliografia e Documentação. A Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (Aeilij) publicou carta aberta contra o que chamou de "sucateamento" da seção, "setor importantíssimo, pois preserva a memória das publicações infantis e juvenis brasileiras". Os funcionários dizem que, numa reunião de julho com os bibliotecários, a diretora, Marta Nosé Ferreira, disse ter sido avisada pela coordenadora geral do Sistema Municipal de Bibliotecas, Raquel Oliveira, que a seção seria extinta. Uma ata interna do encontro registra a fala de Ferreira. Já a Secretaria Municipal de Cultura diz, em comunicado, que a informação é fake news e que a seção seguirá na biblioteca. Segundo Oliveira, “não há extinção de departamento, apenas estão sendo movidos funcionários”. Ela diz ainda que pediu que a ata seja refeita com a informação correta.

O Globo noticiou que as livrarias do Rio se unem para recolher doações de obras novas e doá-las a bibliotecas de comunidades e do Degase. Formado por oito estabelecimentos, o coletivo já contribuiu com bibliotecas de comunidades como Chapéu-Mangueira, Tabajaras, Maré, São Carlos, Rio das Pedras, Providência, Mangueira, Turano, Jacaré e Rocinha. A ação do coletivo Livrarias Cariocas, grupo reúne oito estabelecimentos da cidade que, desde abril, estimulam a doação de publicações dos mais diversos autores a bibliotecas comunitárias de favelas. Só na Livraria Argumento, no Leblon, a iniciativa já angariou mais de sete mil obras, distribuídas a 14 comunidades. Além de atualizar os acervos das instituições que recebem esses títulos, o projeto — chamado Rio de Livros — ajuda a sobrevivência de livrarias e editoras, muitas afetadas pela pandemia. “Não mandamos qualquer livro. Consultamos os gestores das bibliotecas, e eles obtêm exemplares novos e atuais”, explica Marcus Gasparian, livreiro da Argumento que está à frente do projeto.

A colunista Sonia Racy, do Estadão, informou que o poeta Allan Dias Castro vai lançar livro com a monja Coen. O terceiro livro de Allan será lançado neste semestre. A obra sairá pela Sextante.

A coluna da Babel adiantou o prelo das editoras. A Faro adquiriu os direitos de outra obra The Swifts que vai virar série pela Netflix. Maria Dolores, biógrafa de Milton Nascimento, lança, em breve, o romance Lua no terreiro pela Penalux. E a HarperCollins lança por aqui em 2022, o segundo livro da série de Stefania Auci, The Lions’ Winter.

Ainda na coluna, a notícia de que a Autêntica começa a publicar em novembro a coleção Psicanálise do Século 21, coordenada por Christian Dunker e Gilson Iannini. Em setembro a HarperCollins lança Homo ferox, de Reinaldo José Lopes e a Companhia das Letras prepara também para setembro, três obras de Oswaldo de Camargo, escritor e ativista do movimento negro.

A atriz Fernanda Montenegro confirmou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras (ABL). Segundo o Estadão, ela oficializou seu interesse para a vaga deixada pro Affonso Arinos de Mello Franco.

O jornal também publicou que um livro foi devolvido à biblioteca da Pensilvânia, nos EUA, após ter sido emprestado há 50 anos. A obra foi entregue anonimamente junto com uma carta, em que a pessoa explicava a demora, e a quantia simbólica de US$ 20 para pagar multa.

Nos 20 anos da morte de Jorge Amado, Joselia Aguiar fala sobre o sucesso do escritor, sua atualidade e dá dicas de leitura em entrevista ao Estadão. “O leitor gosta das histórias de Jorge Amado porque se emociona, chora e ri”, diz biógrafa do autor. Os 20 anos da morte do autor também foi lembrado na Folha.

A Folha analisou que Sérgio Sant’Anna dialoga com a morte e a existência humana em livro póstumo. Escritor refaz trajeto que o consagrou como um dos maiores contistas do país nas histórias de A dama de branco, publicado pela Companhia das Letras.

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[09/08/2021 09:00:00]