Personagens esquecidos
PublishNews, Redação, 28/07/2021
Em ‘Memorial de grandes ausências’, o autor Aluízio Falcão discorre sobre a dor, frustração, rejeição, desgraça de personagens que somente depois de mortos tiveram reconhecida a sua genialidade

Exemplos históricos mostram grandes talentos e personalidades que passaram a vida quase invisíveis, anônimos, incompreendidos por seus contemporâneos. O pintor holandês Van Gogh (1853 – 1890), por exemplo, só vendeu um único quadro em toda a sua existência, por 400 francos. Injustiças históricas como essa inspiraram o escritor pernambucano Aluízio Falcão a escrever Memorial de grandes ausências (Cepe, 292 pp, R$ 45). Na obra, ele perfilou 15 personagens, definidos pelo prefaciador, o jornalista e escritor Fernando Portela, como anônimos, malditos e quase malditos das épocas em que viveram. São nomes como os poetas Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa e Paulo Leminski; os escritores Lima Barreto, Franz Kafka, o pintor Ban Gogh, a cangaceira Maria Bonita, a escritora Hilda Hilst e o cientista Oswaldo Cruz. Sobre todos os 15 nomes, Falcão faz uma triste conexão que os liga ao esquecimento e à incompreensão. Será que hoje a história se repete?

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[28/07/2021 07:00:00]