A poesia da crônica
PublishNews, Redação, 07/06/2021
A coletânea 'A lua na caixa d'água', de Marclo Moutinho, homenageia a crônica literária e seus grandes mestres

O berço da crônica brasileira é o Rio de Janeiro. Mas o gênero literário caiu no gosto popular e diversificou o sotaque. Contemporâneos, em plena atividade, como Luis Fernando Verissimo, Mario Prata, Antonio Prata, Socorro Acioli, Martha Medeiros e Tati Bernardi, estão aí para atestar que a crônica, definitivamente, não reconhece fronteiras. O escritor Marcelo Moutinho transita à vontade nesse terreiro, entre tipos humanos, ruas, becos e o registro do instante. Em A lua na caixa d’água (Malê, 160 pp, R$ 42), Moutinho conta histórias de pai e filha, exalta o samba e o saber das ruas e lembra personagens como Dona Ivone Lara e Tia Maria do Jongo. Dedicada a Aldir Blanc, tema do texto que dá lhe título, a obra é também um tributo aos grandes mestres da crônica, como Paulo Mendes Campos, Rubem Braga e Clarice Lispector. A obra está dividida em três partes. A primeira, Turbilhão de estrelas pequeninas, reúne textos introspectivos. Na segunda parte, Moutinho explicita a intimidade com o gênero e, como um voyer dos autores que leu e lhe influenciaram, e a terceira é uma mensagem de esperança, dedicada à sua filha.

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[07/06/2021 07:00:00]