Os dilemas da arte
PublishNews, Redação, 11/03/2021
Os ensaios reunidos em ‘O que vem depois da farsa?’ discorrem sobre mudanças na arte e na crítica diante do atual regime de terror e vigilância, desigualdade, desastre climático e disrupção midiática

O que vem depois da farsa? (Ubu, 192 pp, R$ 59,90 – Trad.: Celia Euvaldo e Humberto do Amaral), novo livro de Hal Foster, traz uma análise urgente do contexto social, político e cultural desta segunda década do século XXI, implicando toda a rede de atores do mundo da arte: artistas, curadores, museus e instituições e críticos. A primeira parte do volume enfoca a política cultural a partir do 11 de Setembro, incluindo o uso e o abuso do trauma, da paranoia e do kitsch. A segunda parte examina a remodelação neoliberal das instituições de arte nesse período. Por fim, um terceiro conjunto de ensaios contempla as transformações na arte, no cinema e na ficção recentes. Quando se volta para o fenômeno da curadoria, Foster identifica o surgimento de um curador mais ligado à indústria cultural, como "organizador de exposições", coincidindo com a multiplicação de feiras e bienais de arte em todo o mundo. O autor ainda dedica uma parte do livro para analisar como os movimentos sociais Occupy Wall Street, Black Lives Matter e #MetToo impulsionaram a visibilidade da produção artística de mulheres e negros/negras nas instituições de arte.

[11/03/2021 07:00:00]