Na França, a pandemia afetou menos as pequenas livrarias
PublishNews+, Leonardo Neto, 05/03/2021
Venda de livros caiu 4,5% no quarto país perfilado na série PubMagNet

A Gagliani, fundada em 1801, foi uma das livrarias francesas que sobreviveram a 2020 | © Site da Livraria
A Gagliani, fundada em 1801, foi uma das livrarias francesas que sobreviveram a 2020 | © Site da Livraria
A França é o quarto país perfilado pela PubMagNet, série de reportagens realizadas a partir de dados enviados por colegas da rede de veículos de comunicação especializados na cobertura do mercado editorial pelo mundo e da qual o PublishNews faz parte. Quem manda as notícias de lá é Anne-Laure Walter, editora adjunta da Livres Hebdo. Ela aponta que, em 2020, o país produziu 6.652 novos títulos, o que representou queda de 9,6% em relação ao ano anterior. Isso evidencia claramente que os editores – como aconteceu em diversas outras partes do mundo – pisaram no freio e acabaram colocando menos novidades no mercado: um dos resultados da pandemia causada pelo novo coronavírus. Ela lembra que entre 17 de março e 11 de maio, durante o primeiro lockdown no país, a produção foi totalmente descontinuada. No segundo período de isolamento, entre 30 de outubro e 15 de dezembro, a produção não chegou a ser parada, mas diminuiu muito o número de lançamentos. O varejo também foi claramente impactado pelas medidas de fechamento da economia. Durante todo o primeiro lockdown, as livrarias ficaram fechadas e isso se repetiu em parte do segundo lockdown. Como consequência, as vendas ao consumidor caíram 4,5% em relação a 2019. Anne-Laure, no entanto, faz uma ressalva: “As pequenas livrarias (-1,8%) e livrarias independentes (-4,2%) tiveram um desempenho melhor do que a média do mercado. Já as vendas em supermercados caíram 5,4%”, disse. A PubMagNet é exclusiva para assinantes do PublishNews+ e a análise completa pode ser lida clicando aqui.

[05/03/2021 10:20:00]