'Em defesa do futuro'
PublishNews, Redação, 02/12/2020
Livro mostra como a noção de humanidade se deteriorou nos últimos anos e argumenta que através da linguagem, da inovação e da cooperação ainda somos capazes de moldar nosso futuro

Como preservar o que nos torna humanos em uma época de incerteza? Fomos reduzidos a meros consumidores moldados pelas forças do mercado? Uma sequência de DNA? Uma coleção de instintos básicos? Ou isso não faz mais diferença, porque em breve seremos suplantados por algoritmos e inteligência artificial? Para confrontar essas questões, Paul Mason propõe, no livro Em defesa do futuro (Zahar, 408 pp, R$ 94,90 – Trad.: Berilo Vargas), um humanismo radical. Para ele, a economia de livre mercado foi a porta de entrada para a cultura anti-humanista e fatalista que domina este início de século XXI. Por isso, a revolução que precisamos promover deve ser menos um evento político e mais a redescoberta da filosofia moral. Tendo por base suas reportagens sobre rebeliões e grandes protestos em massa — como em Istambul e Washington —, além de sua infância numa comunidade inglesa de mineiros, o jornalista e escritor atravessa temas variados que vão da economia ao Big Data, passando pela neurociência e as guerras culturais, para mostrar como a noção de humanidade tornou-se deteriorada como nunca antes.

[02/12/2020 07:00:00]