Idas e vindas no tempo
PublishNews, Redação, 27/04/2020
‘Uma dor tão doce’ é uma tragicomédia sobre a confusão da vida familiar e o tortuoso caminho para a vida adulta

É 1997 e Charles Lewis passa os dias quentes das férias andando de bicicleta pela cidade. Às vezes, ele também lê. Não há nada mais para fazer quando se está afastado dos amigos, a família está caindo aos pedaços e não se tem ideia de qual será o próximo passo. Mas os dias tediosos e vazios de Charlie estão prestes a ter fim. Ao se deparar com uma companhia de teatro ensaiando Romeu e Julieta, sua primeira reação é fugir, mas ele talvez tenha encontrado um bom motivo para ficar: Julieta. No caso, a atriz que vai interpretar a personagem. Fran Fisher, uma garota bonita, confiante e metida a artista. Mas quem nos conta essa história, repleta de idas e vindas no tempo, não é o garoto Charles. É o adulto, que, às vésperas de seu casamento, rememora — com uma mistura sutil de humor e melancolia — um verão intenso, que moldou o homem que é hoje. Uma dor tão doce (Intrínseca, 384 pp, R$ 54,90 – Trad.: Carolina Selvatici), livro de David Nicholls, é uma tragicomédia sobre a confusão da vida familiar e o caminho tortuoso para a vida adulta. Uma homenagem à breve explosão do primeiro amor, que só pode ser bem compreendida depois que para de queimar.

[27/04/2020 07:00:00]