Como era de se esperar, as vendas nas livrarias desabaram desde que tiveram que fechar as suas lojas físicas como medida de contenção da circulação do coronavírus. Em relação à semana passada, os números gerais da Lista dos Mais Vendidos desabaram 66%. Não houve categoria que se segurasse: Negócios caiu 73%; Ficção, 72%; Não Ficção, 69%; Infantojuvenil, 60% e Autoajuda, 59%.
Mais espero que o diabo (CDG), que na semana anterior estava no topo da Lista Geral, com 3.846 cópias vendidas, se manteve no mesmo posto, mas com 1.666, menos da metade. A vice-liderança do Ranking Geral ficou Especialista em pessoas (Academia / Planeta), de Tiago Brunet, com 1.269.
No mercado, ainda circulam três edições de Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie: uma mais recente, da Sextante, que assumiu os direitos do livro desde o fim do ano passado, e outras duas da Companhia Editora Nacional, que queima seus estoques. As duas vieram parar na lista. A edição “normal”, ficou com o bronze, com 680 cópias vendidas e a comemorativa de 80 anos, também da Nacional, ocupa a 13ª posição da lista de Autoajuda, com 314 cópias.
Paradoxalmente, a queda drástica nas vendas abriu espaço para novidades na lista. Foram nove estreantes. Desses, só um vendeu mais do que 200 exemplares: a edição militar de Pão diário (Pão Diário), que ocupa a sétima posição da Lista de Autoajuda, com 474 cópias vendidas. Ainda em Autoajuda, estreou, na 19ª posição, O poder do subconsciente (BestSeller / Record), de Joseph Murphy, com 162 exemplares.
Em Ficção, as novidades foram: O que acontece em Londres (Arqueiro / Sextante), de Julian Quinn, com 172 (7ª posição); o apropriado para o momento A peste (Record), de Albert Camus, ficou em oitavo, com 143, e a edição de luxo de Drácula (Pandorga), de Bram Stocker, em 17º, com 99.
Em Não Ficção – categoria liderada por Quarto de despejo (Ática), de Maria Carolina de Jesus – estrearam Só pode ser brincadeira, Sr. Feynman! (Intrínseca), de Richard P. Feymann, com 117 (15ª), e Mundo das flores (Sextante), Johanna Basford, a rainha dos livros de colorir, com 61 (19ª).
Em Infantojuvenil, apareceu pela primeira vez Casas (Formato / Somos), de Roseana Murray, com 84 (19ª). O livro marca também a estreia do selo Formato, da Somos Educação, na lista.
Completando o time de estreantes, apareceu na 17ª posição de Negócios Nosso Iceberg está derretendo (BestSeller / Record), John Kotter e Holger Rathgeber. Foram 95 cópias vendidas.
O Ranking Geral desta lista história – em um dos piores sentidos que esta palavra pode receber – é liderado pela Sextante que emplacou nove títulos. A Citadel e o Grupo Companhia das Letras dividem a prata, com oito títulos cada. A Intrínseca, com seis, ficou com o bronze.
