A carta diz: “a drástica queda das vendas de produtos culturais, livros, músicas e DVD, o cancelamento de concertos, de exposições, das visitas cultuais a museus, de festivais e feiras, o fechamento de cinemas, a suspensão de produções cinematográficas nacionais e internacionais e, em geral, o congelamento de atividades ou iniciativas já planejadas estão gerando um dano econômico muito significativo em toda a nação, distorcendo o investimento e o desenvolvimento da indústria neste e provavelmente nos próximos anos, e gerando uma crise de liquidez para as empresas do setor”.
A entidade solicitou uma intervenção urgente do governo, incluindo a suspensão das contribuições à seguridade social e os impostos para as empresas afetadas, além da facilitação de créditos no sistema bancário.
Enquanto isso, a diretoria da Associação Italiana de Editores realizou uma reunião extraordinária para apresentar seu caso ao governo. Ricardo Franco Levi, presidente do colegiado, alertou que é uma “crise grave e profunda”, relacionada não só com a queda inicial das vendas de livros, mas também com as consequências ao longo prazo, o que, segundo ele, são imprevisíveis. Além de solicitar isenções fiscais, pediu aos poderes públicos uma orientação clara sobre a possibilidade de os editores participarem de feiras de livros e festivais literários – “uma ferramenta fundamental para a promoção comercial e cultural dos livros”.
Estamos acostumados a ouvir que “crise, em chinês, significa oportunidade” e cabe se perguntar: A epidemia de coronavírus pode se converter em oportunidade para alguém no setor editorial? A resposta é clara: diante de uma ordem de isolamento em casa, as plataformas de assinatura seriam os grandes beneficiários. Seria interessante observar o comportamento do mercado de assinaturas na Itália em plataformas como Storytel ou Kindle Unlimited, entre outras, e pode ser um momento maravilhoso para clientes em potencial abordarem formatos como audiolivros ou e-books.