Considerado uma das vozes de mais fôlego da nova geração da literatura africana, Obioma lançou em 2019 seu segundo livro, Uma orquestra de minorias (Globo Livros). O romance, narrado por um espírito ancestral, segue o estilo da tradição literária Igbo, típica da Nigéria natal do escritor. O livro rendeu ao escritor sua segunda indicação ao Man Booker Prize, algo que ele já tinha alcançado com seu romance de estreia de 2015, Os pescadores, também editado pela Globo Livros.
“Chigozie Obioma é um criador de histórias familiares delicadamente íntimas, muitas vezes tragicômicas, de apelo universal, que revelam também a cultura e a espiritualidade da Nigéria através das escolhas narrativas e de sua enorme capacidade imagética”, afirma Fernanda Diamant, curadora do Programa Principal. Para o arquiteto Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip, a escrita de Obioma “reforça aspectos importantes da literatura, como a fabulação e a subjetividade, vitais para a tão necessária, atualmente, reinvenção dos acordos de convivência.”