Apanhadão: Novidades na feira de Bolonha
PublishNews, Redação, 25/03/2019
E mais: hacker diz ter vendido senhas e informações pessoais dos usuários da Estante Virtual; e em Mogi das Cruzes, espaço onde antes funcionava uma livraria agora serve para prática de tiro ao alvo

A Publishers Weekly adiantou algumas novidades da Feira de Bolonha, entre elas, duas novas áreas de exposição e mais programação durante a feira. A feira já conta com 1.400 expositores confirmados e a Suíça é a convidada de honra, representando 22 editoras e 26 ilustradores. Além disso a PW também conversou com alguns agentes literários apontou algumas tendências que poderão despontar no evento que começa no próximo dia 1º.

O site TechTudo noticiou que um hacker colocou a venda cerca 26 milhões de credenciais de login, endereços residenciais e números de telefone de usuários de diversos sites, entre eles, a Estante Virtual. Os dados foram interceptados pelo hacker Gnosticplayers, conhecido por encontrar brechas na segurança de sites e vender os dados no Dream Market, mercado ilegal de informações da dark web. O hacker justifica a ação como forma de expor a fragilidade dos sites, mas a Estante Virtual não reconhece que a plataforma tenha sofrido um vazamento de dados.

No Estadão, a notícia de que o espaço que antes era ocupado por uma livraria agora virou local para prática de tiro ao alvo. Em outubro passado, quando a Saraiva fechou diversas lojas, estava inclusa a de Mogi das Cruzes. Agora, o espaço abriga o Sniper X Airsoft, espaço para prática de tiro ao alvo com fuzil, pistola elétrica e pistola a gás e “bolinhas”. E, em breve, também para a prática de arco e flecha.

Na coluna da Babel, o aplicativo que resume livros e promete leitura em 15 minutos. O Esens tem, segundo a empresa, 100 "livros" em catálogo – entre eles, Homo Deus – Uma breve história do amanhã, de Yuval Noah Harari, que pode ser ouvido em 26 minutos (o livro tem 448 páginas). A média de tempo é 15 minutos e os resumos, garante a russo-suíça Elizaveta Uvarova, CEO e idealizadora, são artesanais e não ultrapassam 10% da obra, afastando problemas com direitos autorais. A monetização é com assinatura e com comissão de venda – quem quiser ler o livro todo é direcionado para a Amazon.

Ainda na coluna, a Arqueiro vai lançar dois livros inéditos da escritora americana Emily Giffin, autora do livro O noivo da minha melhor amiga, que virou filme. O primeiro deles, previsto para abril e com uma tiragem inicial de 12 mil exemplares, é Tudo que a gente sempre quis. O livro saiu nos EUA no ano passado e fala sobre diferenças, bullying, feminismo, família e lealdade. O segundo lançamento será em 2020 e a ideia da editora é ter todos os títulos mais antigos da autora em catálogo.

A primeira assembléia de credores da Livraria Cultura estava marcada para a última sexta (22), mas segundo o Painel das Letras, não houve quórum necessário para votar o plano de recuperação judicial da empresa. Até o fechamento desta edição não há uma nova data para a votação.

A coluna também chamou a atenção para a busca que as editoras estão fazendo para achar um livro que dialogue com O conto da Aia (Rocco), de Margaret Atwood. A Globo comprou os direitos do livro The grace year, de Kim Liggett. Na obra, a sociedade acredita que as garotas têm poderes malignos e as bane da sociedade, para que depois possam voltar purificadas e prontas para casar. Nesse exílio elas precisam lutar pela própria vida.

[25/03/2019 06:00:00]