A Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu) realizou o seu mais completo estudo sobre o cenário atual das editoras universitárias do país e divulgou no final de agosto o levantamento completo. Das 123 associadas à instituição, 85 editoras participaram da pesquisa, índice que representa cerca de 70% de adesão. O estudo tem por objetivo ser um retrato da edição universitária no país e criar um cenário para planejamento de novas frentes. Em diversas questões, a análise dos resultados estabeleceu um estudo comparativo com a última pesquisa, realizada em 2015. A Região Sul foi a campeã de adesões à pesquisa (29 editoras), seguida da Sudeste (23), Nordeste (20), Centro-Oeste (09) e Norte (04). Das 85, a maioria das editoras são vinculadas a universidades federais (32). As editoras pesquisadas reúnem um catálogo com 44.319 títulos, sendo que pouco menos da metade (22.123) desses títulos permanecem ativos. Foram 1.971 títulos de primeira edição publicados e impressos em 2017, e 1.233 em formato digital, o que já demonstra uma forte adesão às novas plataformas de leitura por parte dessas editoras. A Abeu notou uma queda nas tiragens. Enquanto em 2015 a porcentagem das editoras que publicaram uma tiragem entre 500 e mil exemplares (48,8%) apresentava uma ligeira discrepância das que publicaram menos de 500 (47,6%), em 2017 a lacuna aumentou significativamente: 28,2% das editoras imprimiram entre 500 e mil exemplares e 63,5% menos de 500 exemplares. Cada vez mais, as universitárias estão investindo no livro digital. Se em 2015 apenas 39,3% das editoras adotavam uma política para o livro digital, hoje, este índice saltou para mais da metade: 52,9%. Outro fato de relevante destaque é o aumento percentual no que se refere ao investimento em acesso aberto pelas editoras universitárias. Em 2015, apenas 35,7% delas tinham uma política sobre o assunto e, agora, em 2018, este índice é de 61,2%.