Segundo dia da feira. Hoje foi tudo mais fácil: saber em qual estação descer, para qual lado andar, onde fica o elevador para o rights centre (no primeiro dia, fiquei 40 minutos em busca desse elevador, juro).
O dia, no entanto, foi corrido: a ideia principal da minha vinda é encontrar novos títulos para Primavera, editora onde trabalho. A meta é sair daqui com uns oito títulos engatilhados para compras de direitos, assim garantimos, com a periodicidade de publicação da editora, títulos até o final do ano e para o início do ano que vem.
Para atingir a meta então, lotei minha agenda de reuniões com diversos agentes do mundo todo. Em cada um já fui engatilhada com alguns títulos do catálogo que queria e ali na reunião descobria novos.
O mundo perfeito são reuniões pontuais de trinta em trinta minutos, e a minha agenda estava organizada dessa maneira, mas, na prática, não é bem assim que acontece. Algumas reuniões esticam (tive uma que durou 50 minutos) e aí é aquela loucura de sair correndo com o casaco para a mesa do próximo agente, chegar lá e esconder estar esbaforida!

A maioria dos agentes concentra-se nesse andar, identificados por uma plaquinha e pelo número da mesa. No entanto, também é possível ter reuniões nos próprios estandes, como foi a minha com a Iona, da HarperCollins.
A impressão de uma marinheira de primeira viagem nesse segundo dia é que a Feira de Londres é incrivelmente produtiva. Uma programação cheia com negócios, conversas, cafés e reuniões! Um negócio leva a outro, você conversa com alguém ali que te apresenta outro acolá e quando você se depara está em um estande do outro lado vendo livros nórdicos sobre feminismo.
A feira é uma aula, os profissionais são os professores e eu estou aqui aprendendo, e muito!



