
Em nota, a Academia Brasileira de Letras (ABL), onde Cony ocupava a cadeira de número 3 desde 2000, informou que o corpo do acadêmico será cremado em cerimônia na próxima terça-feira (9), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. O seu colega de ABL, Marco Lucchesi, que hoje ocupa a presidência da casa, comentou: “perdemos um nome certo para o Nobel”. Lucchesi determinou o cumprimento de luto de três dias e mandou que a bandeira da Academia ficasse hasteada a meio mastro pelo período.
Quem também lamentou a morte do escritor foi Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro: “a CBL teve a honra de reconhecer o talento de Cony por meio do Prêmio Jabuti, quando o escritor ganhou o prêmio de Livro do Ano Ficção, com a obra Quase memória, em 1996. O mercado editorial perde um dos grandes romancistas do Brasil”, declarou em nota enviada à redação do PublishNews.
O escritor preparava o livro Operação Condor, uma reedição revista e ampliada de O beijo da morte, romance-reportagem escrito em coautoria com a escritora e jornalista Anna Lee e lançado em 2003, sobre a morte de JK, Jango e Carlos Lacerda. Com a exumação do corpo de Jango, Anna colheu novas informações, viajou, entrevistou diferentes pessoas, pesquisou documentos e está finalizando o original para entregar à Nova Fronteira.