De Yann Martel, o mesmo autor de As aventuras de Pi, As altas montanhas de Portugal (Tordesilhas, 312 pp, R$ 36) mistura fábula contemporânea e conto fantástico em uma jornada de aventura, que explora o amor e a perda de modo devastador. Repleto de ternura, humor e surpresas, leva o leitor em uma viagem por Portugal do século passado – e pela alma humana. Suas três histórias, separadas por décadas no tempo. Cada uma das partes tem seu personagem central, todos eles nascidos em Portugal. Os três perderam recentemente pessoas próximas. Para compensar a falta dos entes queridos, Tomás, Eusébio e Peter, cada qual à sua maneira, envolvem-se em situações excêntricas e seguem sua missão (ou, antes, aquilo que acreditam ser sua missão). Os personagens secundários são bem elaborados e coerentes com o enredo que o autor propõe. A obra é uma metáfora que ilustra a trajetória de uma vida e sua constante busca por sentido.