Um estudo sobre a escravidão
PublishNews, Redação, 04/10/2017
Livro derruba mitos a partir da história dos anônimos e de suas relações mais próximas e resgata novas faces das relações de parentesco escravo

Por muitos anos se acreditava que as relações familiares entre os escravos eram nulas ou pouco representativas, sendo as senzalas um local de promiscuidade. O próprio Jean-Baptiste Debret, em seu livro Viagem histórica e pitoresca ao Brasil, dizia que nas grandes propriedades tinha-se o hábito de “reservar uma negra para cada quatro homens”. Agora, os pesquisadores Manolo Florentino e José Roberto Pinto de Góes derrubam esses e outros mitos em A paz das senzalas (Editora Unesp, 211 pp, R$ 42). A obra, segmentada em dez capítulos ao longo de três partes, contém modulações importantes não apenas no estilo de conceber as relações familiares escravas, mas também de interrogar o passado e reescrever a história. Foi a incorporação de novos tipos de fonte que permitiu conhecer melhor o que, até então, era tido por incompatível com o cativeiro.

[04/10/2017 07:00:00]