As três gerações de mulheres que transformaram a história da espionagem
PublishNews, Redação, 26/06/2025
Obra publicada pela Amarilys revela como as mulheres na CIA abriram caminho para a era moderna da inteligência – e como o seu silenciamento tornou o mundo mais perigoso

Criada após a Segunda Guerra Mundial, a CIA (Agência Central de Inteligência) contou com as mulheres mesmo enquanto tentava limitar seus talentos. Apesar da discriminação, mulheres que começaram como escriturárias, secretárias ou esposas não remuneradas, aos poucos, ascenderam para se tornar relevantes agentes da CIA. Por serem improváveis, elas acabaram se tornando perfeitas para o trabalho. Vistas como pouco importantes, as pioneiras da inteligência feminina passavam despercebidas enquanto viajavam por Bonn, Genebra e Moscou, e descobriam os segredos de seus adversários da KGB. Nos quartéis-generais, as mulheres construíam os arquivos críticos da CIA e percebiam detalhes que eram despercebidos pelos homens. Quando a CIA enfrentou uma crise de identidade após a Guerra Fria, foi uma rede de analistas femininas que identificou, alertou e foi ignorada sobre a ameaça crescente da Al-Qaeda. Após os ataques de 11 de setembro, mais mulheres se juntaram à agência quando uma nova função, a de selecionador de alvo, ganhou destaque. Impulsionado pelo mesmo rigor investigativo e narrativa vívida que deram vida a Code Girls, A história das mulheres na CIA (Amarilys, 544 pp, R$ 69), escrita por Liza Mundy, oferece uma nova perspectiva sobre a história, revelando como as mulheres abriram caminho para a era moderna da inteligência – e como o seu silenciamento tornou o mundo mais perigoso.

[26/06/2025 07:00:00]