Lançamento da Bertrand conta a história de pintora morta em Auschwitz
PublishNews, Redação, 23/02/2017
Romance retrata a vida de Charlotte Salomon, uma das maiores pintoras do século XX

A pintora Charlotte Salomon (1917-1943) não teve uma vida fácil. Nascida em Berlim, no seio de uma abastada, porém problemática, família judaica, ela aprendeu desde cedo a lidar com a tragédia. A mãe, desiludida com a vida, saltou para a morte quando Charlotte era apenas uma criança, deixando-a sob os cuidados do pai, um importante cirurgião e veterano de guerra da época cujo declínio coincidiu com a ascensão de Hitler ao poder em 1933. Parou de ir à escola, mas conseguiu vaga na cota para judeus na faculdade, onde estudou Pintura por dois anos. Depois da Noite dos Cristais, a família Salomon optou por se exilar na França. Foi lá, entre 1941 e 1943, que produziu sua obra Vida? Ou teatro?, que consiste em nada menos que 769 pinturas, todas autobiográficas. Foi morta em Auschwitz, grávida de cinco meses, aos 26 anos. A trajetória de Charlotte despertou o fascínio de David Foenkinos. O autor saiu em busca da artista por trás da obra, do ser humano por trás do mito e escreveu o livro Charlotte (Bertrand / Record, 240 pp, R$ 44,90 – Trad.: Maria Alice A. de Sampaio Doria). Visitou lugares, conheceu pessoas, reuniu referências e as catalisou neste romance curto porém vertiginoso, como a vida de Charlotte.

[23/02/2017 07:00:00]