Outra versão sobre a devastação de Pompeia
PublishNews, Redação, 09/08/2016
Livro aprofunda e desmistifica inúmeros fatos sobre a cidade devastada por vulcão Vesúvio
Devastada por uma das maiores erupções do Vesúvio, em 79 d.C, Pompeia permanece no imaginário de pesquisadores, arqueólogos e curiosos. A literatura sobre a tragédia e o povo, que vivia a cerca de 20 km de Nápoles, é farta e, em sua maioria, afirma que a cidade foi congelada no meio do caminho. Esta, no entanto, é justamente uma das principais ideias refutadas pela especialista em classicismo Mary Beard no livro Pompeia: A vida de uma cidade romana (Record; 420 pp.; R$ 64,90). Logo nas primeiras páginas da narrativa, a escritora relembra a fuga dos moradores e os sinais de alerta que o povo teria recebido horas ou dias antes da erupção. Em seguida, Beard percorre as inúmeras descobertas encontradas nas escavações e revela curiosidades, como a possibilidade de alguns dos esqueletos não pertencerem às vítimas do vulcão, mas serem de pessoas que se arriscaram a voltar à cidade meses, anos ou séculos depois. Este é o caso, por exemplo, de dois homens e uma criança encontrados com uma picareta e uma pá. Eles seriam um grupo de saqueadores soterrados pelas ruínas.