Em julho do ano passado, o Ibep comemorava o fato de ser a editora que mais emplacou coleções no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2016). Ao todo, incluindo os títulos das editoras Ibep e Base, foram 30 coleções aprovadas no programa tradicional e no Campo. Em faturamento, esses livros renderiam ao grupo R$ 46.700.583,11, resultante da venda de 4.935.043 exemplares. O que era motivo para comemorações virou uma tremenda dor de cabeça. É que os atrasos nos pagamentos por parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) atingiram em cheio a editora que se viu obrigada a demitir mais de 30 funcionários no início dessa semana. De acordo com a Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), só no PNLD Campo e na recompra (títulos negociados em anos anteriores e recomprados nesse ano), os atrasos são de R$ 468 milhões. O Ibep preferiu não se pronunciar oficialmente sobre as demissões.