
“A gente conhece muitas consultorias estrangeiras que presta serviços às empresas brasileiras. Falconi vai na contramão disso e começa agora a internacionalizar os seus serviços”, disse a autora ao PublishNews. Cristiane tem ciência de que não se trata de um personagem tão popular quanto Abílio Diniz e nem com o peso do trio de Sonho grande, mas “ele é muito respeitado e conhecido nesse meio empresarial, que é mais o meu público”, disse. A feitura do novo livro já está adiantada. Cristiane disse ao PublishNews que já realizou quatro entrevistas com Falconi, além de outras 30 com outros profissionais que trabalharam ou conhecem o trabalho do consultor.
Na conversa que teve com o PublishNews, Cristiane contou que o approach com o trio retratado em Sonho grande não foi dos mais fáceis. Em 2007, mandou um e-mail para o Marcel Telles falando da intenção de escrever o livro e, desde então, recebeu muitos nãos. “Eles são super discretos e escrever o livro, pra mim, virou uma obsessão. Jorge [Paulo Lemann] faz tênis desde pequeno. E eu comecei a fazer aulas de tênis para ter assuntos nas minhas abordagens. Eu achava que, em algum momento, eu conseguiria convencê-los. Até que Paulo me disse: ‘a gente demorou 20 anos para comprar a Anheuser-Busch [empresa fabricante da cerveja Budweiser]’. Foi um balde de água fria”, contou ao PublishNews.
Sem a autorização e sem conseguir entrevistar o trio, Cristiane intensificou as entrevistas com outras pessoas que conviviam com Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. No fim, foram mais de 100 entrevistas. “A apuração foi muito difícil. Tive que falar com mais gente para construir o livro”, disse.
Cristiane cunhou sua carreira no jornalismo. Foi por 12 anos do time de jornalistas da revista Exame. “Eu queria fazer outra coisa. Eu estava chegando aos 40 anos e a crise dos 40 é um clichê exatamente por ser uma verdade”, brincou. “Tive muita sorte de ter o primeiro livro que foi muito bem”, comentou. Cristiane disse ao PublishNews que isso abriu portas para ser palestrante. “Outro dia me convidaram para dar uma palestra nos EUA. Que dia eu poderia imaginar que iria aos EUA para falar como os brasileiros têm feito capitalismo?”, se questionou. “Hoje sou mais dona do meu tempo e isso é um luxo. O que eu faço é contar histórias, era o que eu fazia como jornalista e é o que eu faço como escritora agora. A diferença é que agora eu conto as histórias que eu quero”, completou. Cristiane disse ao PN que prevê que lançará um livro a cada dois anos.