
A proposta de Bart é pulverizar a participação dos dois homenageados não só pela feira, como pela cidade e pela Alemanha. “No ano que vem, nós não vamos chamar a atenção dos visitantes só com pôsteres e banners, como normalmente fazem os países homenageados. Nós queremos criar um ‘barulho extra’”, disse entusiasmado. Bart adiantou que em quatro locais estratégicos da feira, serão instaladas “ilhas” que vão atrair a atenção dos frequentadores com dispositivos de realidade virtual.
No pavilhão do país convidado, Bart adiantou que o espaço de 2,3 mil m² será dividido em dois e abrigará um “museu” e um “teatro”. “O ‘museu’ vai trazer curiosidades, com uma cenografia surpreendente, do entrelaçamento da Holanda com os Flanders. Já o ‘teatro’ será palco programas de rádio, ao vivo, com as principais notícias do dia anterior e músicas”, explicou o diretor artístico. Bart contou também que, todos os dias, às 17 horas, os dois espaços vão se fundir para a realização de um happy hour. “Nós realmente queremos convidar editores, escritores, agentes e jornalistas a virem até o nosso pavilhão para terminarem o dia com uma cerveja gelada”, disse.
A programação da Holanda e dos Flandres não ficará restrita a Frankfurt. Sete cidades – Colônia, Münster, Karlsruhe, Munique, Hamburgo, Leipzig e Berlin – receberão programações dos homenageados. “Uma cidade é relativamente pequena, a outra jovem e sexy. Uma tem um porto, outra uma concentração de museus. Nós vamos usar a individualidade de cada uma das cidades para escrever uma história”, disse Bart.
Bas Pauw, coordenador do projeto, disse que, antes mesmo da homenagem de fato acontecer, 250 títulos da Holanda e dos Flandres já ganharam novas traduções. “São livros em diversos gêneros -- romances, infantis, para jovens adultos e de não ficção – que já estão sendo preparados para serem publicados”, disse. Bas lembrou que Holanda e Flandres foram homenageados em 1993. “A cena editorial da Alemanha mudou desde então. Queremos apresentar a nova geração de autores que falam o holandês para a nova geração de editores e de leitores da Alemanha”, disse.