Daniela Arbex volta às livrarias com este seu segundo livro, Cova 312 (Geração Editorial; 344 pp; R$ 39,90 – e-book R$ 19,90). Menos de dois anos depois de seu premiado livro de estreia, Holocausto Brasileiro, agora, ela desce ao submundo das prisões da ditadura para revelar um segredo militar: o destino do corpo de um militante político preso em 1967 e nunca mais visto. A autora conta a história de uma só pessoa: o jovem (26 anos) Milton Soares de Castro, integrante do primeiro e frustrado grupo de guerrilha pós-golpe de 64. A guerrilha — que jamais aconteceu — teria início na Serra do Caparaó (ES), com apoio de Cuba e do ex-governador gaúcho Leonel Brizola, cunhado do presidente deposto João Goulart. Mas Milton foi preso em 1967 e conduzido para a Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora (MG) para viver seu horroroso calvário. Ali morreu. Os militares forjaram documentos informando que se suicidara e o corpo desapareceu.