Há como extrair sensações físicas de uma boa leitura? O assassino e o profeta (Vestígio; 264 pp; R$ 37,90 – Trad. Fernando Scheibe) mostra que sim. Na trama, durante a ocupação romana no que conhecemos hoje por terra santa, os dirigentes religiosos divergem sobre a conduta a adotar diante do invasor. O chefe dos fariseus é assassinado a sete dias da Páscoa, e, costurado em sua boca, um estranho pergaminho anuncia uma terrível punição divina contra Israel. A rivalidade histórica com os saduceus faz com que estes sejam os principais suspeitos, mas, algumas horas depois, seu chefe e Sumo Sacerdote também é assassinado, e em sua boca encontram a continuação do recado: a vinda do salvador ou o caos. O título é assinado pelo professor secundarista Guillaume Prévost.