Na obra do chileno Juan Emar, Um ano (Rocco; 128 pp.; : R$ 24,50; e-book R$ 16 - Trad.: Pablo Cardellino Soto), o tempo é único: todos os dias parecem ser os primeiros dias do mundo. O título traz notas sobre um ano transcorrido na vida do narrador. São 12 entradas, feitas no primeiro dia de cada mês. O absurdo e uma imaginação desenfreada dominam os textos. Para o escritor argentino César Aira, que assina o posfácio, nos livros do colega chileno “o absurdo é da espécie à qual se chega pelo excesso de lógica, e há um absurdo prévio, na redação: é como se estivéssemos presenciando a invenção da arte da narração, ou como se fosse um exercício de aprender a escrever relatos como o fazem os escritores ...”.