A ministra da Cultura Marta Suplicy tirou Galeno Amorim da presidência da Biblioteca Nacional. A notícia já era aguardada pela rádio-corredor: a instituição vem enfrentando problemas desde o ano passado, quando funcionários entraram em greve devido às condições no local de trabalho, e culminou com a saída de duas coordenadoras na semana passada. Fala-se ainda da volta da Diretoria do Livro no MinC – a ministra Suplicy teria afirmado que a Fundação Biblioteca Nacional não era a melhor instância para tratar sobre política do livro.
Segundo o jornal O Globo, “também foram afastados o secretário de articulação do ministério, João Peixe do Nascimento, e a assessora especial da pasta, Morgana Eneile. A ministra vai reconduzir Manoel Rangel, do PCdoB, para a Ancine”. Marta Suplicy indicou o cientista social Renato Lessa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para substituir Amorim. A indicação faz sentido: em janeiro deste ano a FBN fechou um convênio com a FGV para analisar em 18 meses 24 problemas da instituição.
No Twitter, Galeno declarou: “Acertei ontem com a ministra Marta Suplicy minha saída da presidência da Fundação Biblioteca Nacional após mais de anos. Entreguei para a ministra Marta todo o programa de recuperação da Biblioteca Nacional para prepará-la para os próximos anos, com prazos e recursos. Serão investidos R$ 76 milhões nesta primeira fase do projeto BN+200, que já começou e durará 30 meses. Parcela do BNDES já no caixa.”
Timing – Galeno Amorim vinha presidindo a organização da participação brasileira na Feira de Frankfurt este ano. O governo dedicou US$ 10 milhões para o projeto e, com mudanças institucionais que provavelmente ainda não chegaram ao fim na FBN, não se sabe ainda o efeito das alterações administrativas na organização do evento.






