Em A dinâmica da criação - O que faz as pessoas serem mais originais (Benvirá, 448 pp., R$ 44,90 – Trad. Ana Claudia Fonseca e Claudia Gerpe Duarte), o psiquiatra Anthony Storr analisa e desvenda o mecanismo da criatividade e o ser criativo partindo de uma crítica às teorias freudianas. Ele sustenta que, em vez de um instrumento escapista – uma fuga para a fantasia, como defendeu Freud –, a atividade criativa é uma poderosa ferramenta de adaptação. Para o estudioso, a criatividade não está ligada à enfermidade estrutural da personalidade – uma pessoa clinicamente diagnosticada com um quadro maníaco-depressivo não necessariamente usará sua capacidade criativa para controlar seu mundo interno, como uma maneira saudável de lidar com sua psicopatologia.