A Globo Livros, editora das Organizações Globo, anunciou quais são os selos que a partir desta semana passam a organizar seu catálogo. Serão mais cinco marcas, além da própria Globo Livros: Biblioteca Azul, para clássicos e obras de alta literatura; Globo Estilo, para livros que incluem temas como moda, gastronomia e vida prática; Globinho, para livros infantis e quadrinhos; Globo de Bolso, que reunirá as obras do catálogo em formato econômico, e Principium, voltada aos livros de autoajuda, que são os do padre Marcelo Rossi (os best-sellers Ágape e suas versões derivadas, infantil e ilustrada) e obras da autora Leila Ferreira.

Apesar da segmentação, o diretor editorial da casa, Marcos Strecker, explica que não necessariamente cada uma dessas linhas vai engordar – o volume de publicações nos selos Globo Estilo e Principium, por exemplo, não deverá aumentar. “As mudanças visam tornar mais fácil a identificação e o trabalho comercial, mas nem todas as linhas vão crescer”, explica o executivo, que começou a trabalhar na criação dos selos quando assumiu o posto na editora, em julho do ano passado. Tanto é que o número de lançamentos em 2012 deve ser semelhante ao do ano passado, em torno de 120 livros. Para Strecker, apesar de autoajuda não ser o foco da casa, o sucesso de Ágape, que vendeu 7,7 milhões de cópias até agora, justifica a inclusão da obra num selo próprio.

A atenção principal continuará na marca Globo Livros, que publicará ficção e não ficção – como reportagens, biografias mais pop e obras de história –, os guias Lonely Planet, graphic novels, estas dentro do sub selo Globo Livros Graphics, e ainda livros policiais reunidos na Coleção Amarela, antiga série da casa que está sendo recriada. “O selo vai continuar concentrando a maior parte dos lançamentos e autores novos”, diz.

Na Biblioteca Azul, ficarão os títulos mais nobres e as obras completas de autores como Oswald de Andrade, Hilda Hilst, Herta Müller e Javier Cercas.

Aliás, publicar as obras completas de autores é um dos objetivos de Strecker. No caso de Cercas e Müller, a editora negociou com os detentores dos direitos para que fosse a casa exclusiva das obras dos autores no país. A ideia é fazer o mesmo com escritores nacionais, e nesse sentido Laurentino Gomes está incluído. Após uma disputa acirrada, a Globo levou no começo do mês os direitos para lançar no ano que vem 1889, o novo livro do autor best-seller. E, segundo Strecker, a casa também já acertou o direito de preferência para reeditar 1808 e 1822, quando, nos próximos anos, os contratos desses títulos com Planeta e Nova Fronteira, respectivamente, vencerem.

Confira alguns dos lançamentos da Globo:

- Frida – A biografia, de Hayden Herrera (Biblioteca Azul)

- Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio, de Herta Müller (Biblioteca Azul)

- As crônicas marcianas, de Dennis Calero (Globo Livros Graphics)

- Scarface, de Christian de Metter e Armitage Trail (Globo Livros Graphics)

- Admirável mundo novo, de Aldous Huxley (Globo de Bolso)

- 30 minutos e pronto, de Jamie Oliver (Globo Estilo)

- Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, em um único volume (Globinho)