Quem acompanha a Festa Literária Internacional de Paraty sabe a confusão que era aquele pedaço da cidade que abrigava a Tenda do Telão e a Livraria da Vila, e como era claustrofóbica a Flipinha. Mas era uma confusão boa, com muita gente parando para espiar, mesmo de fora, os debates. Na edição deste ano, essa paradinha ficou mais difícil já que esses dois espaços foram levados para o outro lado do rio Perequê, mais perto da Tenda dos Autores. Assim, o espaço da Flip passou a ser organizado da seguinte forma. Primeiro vem a Tenda dos Autores, com a bilheteria, a exposição sobre o autor homenageado e um café. Depois estão, um pouco escondidas, a Livraria da Vila e a área de autógrafos. Para se chegar à Tenda do Telão, onde os ingressos são mais baratos e que agora tem vista para o mar, o visitante deve passar pelo estreante corredor dos patrocinadores. Ou então fazer esse caminho pela nova calçada construída pela prefeitura, que vai beirando todo o rio até chegar à praia do Pontal, onde os quiosques de cerveja e água de coco localizados ao lado da tenda gostaram da novidade. Com a mudança, os prédios históricos apareceram mais e a Flipinha, transferida para onde era a Tenda do Telão, ficou mais espaçosa e gostosa. Para quem optar por assistir a Flip pelo telão no ano que vem (e se São Pedro mandar frio para Paraty de novo), uma dica: leve mais um casaco. A vista para o mar é bonita, mas o frio é mais forte.