No meio do caminho tinha um mal-entendido
PublishNews, Maria Fernanda Rodrigues, 11/07/2011
Polêmica em torno da participação de Claude Lanzmann na Flip começou na coletiva de imprensa, passou pela Tenda dos Autores e continuou até o encerramento da festa

Uma declaração do curador Manuel da Costa Pinto durante a coletiva de imprensa de balanço da 9ª Flip causou desconforto e mais polêmica em torno da participação do jornalista e cineasta Claude Lanzmann. Na noite de sexta-feira, o intelectual francês que conviveu com Sartre e Simone de Beauvoir, fez um documentário de mais de nove horas com o depoimento dos judeus que sobreviveram aos campos de extermínio nazista e que lança agora seu livro de memórias, não gostou das perguntas longas do mediador e crítico literário Márcio Seligmann-Silva e ameaçou deixar o palco durante a mesa “Ética da representação”, uma das mais esperadas da Flip (leia a nota). "O Lanzmann talvez tenha uma vaidade intelectual que gera uma certa impaciência com perguntas”, comentou o curador, para quem o intelectual rejeitou perguntas complexas e quis concentrar o debate nele próprio. "Rejeitar a complexidade do debate literário e filosófico é ser um perpetrador da intelectualidade. Esse preconceito que há contra o intelectual, contra o acadêmico, é uma coisa nazista”, disse. A Casa Azul e o editor Luiz Schwarcz reagiram, e Manuel comentou o caso na tarde deste domingo.

[11/07/2011 00:00:00]