Terra de Dostoiévski, Pushkin, Tchekhov, Tolstói, Gogol, Górki, Vladimir Nabokov, Isaac Babel entre outros, a Rússia quer agora mostrar sua nova geração de escritores. Ela é o país homenageado da Feira do Livro de Londres e um dos assuntos em destaque é o incentivo para a tradução de seus autores contemporâneos.
A Russkiy Mir Foundation acaba de preparar um catálogo com sugestões de nomes que podem interessar os leitores britânicos e a partir de junho vai subsidiar traduções para o inglês. “Começamos com o inglês, mas isso não significa que não queremos nossos livros traduzidos para outras línguas. Estamos apenas no começo”, disse Irina Stepanova, responsável pelo departamento de projetos educacionais da fundação. Na verdade, este é um recomeço. Até o fim da União Soviética havia um fundo de apoio a tradução de autores russos. Uma das ideias da Russkiy Mir é que tradutores passem um tempo na Rússia para facilitar o acesso a uma maior quantidade de informação e material de pesquisa.
Recentemente, o Brasil começou a publicar livros de autores russos traduzidos diretamente do original. Olhar agora para os autores contemporâneos pode ser o caminho natural. A dica para quem quer conhecer a nova literatura russa é a revista Rossica – International Review of Russian Culture. Publicada pela Academia Rossica em inglês, ela apresenta nos últimos dois números alguns de seus jovens escritores, como Polina Dashkova, conhecida na Alemanha como a “rainha do crime russa”, Zakhar Prilepin, nascido em 1975, ou Olga Slavnikova, que começou a escrever no final dos anos 80. A assinatura para que mora fora do Reino Unido custa entre 50 e 90 libras, dependendo do plano.
E já que o assunto é a Rússia, mas deixando um pouco os livros de lado, visitantes da Feira do Livro conversaram há pouco, pelo telão, com astronautas russos em órbita. Isso tudo para celebrar Yuri Gagarin e os 50 anos da primeira viagem espacial.
Para outras informações sobre o programa de apoio à tradução, clique aqui.